A síndrome pós-pólio (SPP) é uma condição que pode surgir décadas após a pessoa ter se recuperado da poliomielite, uma infecção viral que, em alguns casos, provoca paralisia muscular. Mesmo muitos anos depois da fase aguda da doença, alguns sobreviventes começam a apresentar novos sintomas, como fraqueza muscular, fadiga intensa e dores.
O principal sinal da síndrome pós-pólio é o retorno ou agravamento da fraqueza muscular, mesmo após um longo período de estabilidade. Essa condição não é uma “reinfecção” da pólio, mas sim um novo estágio da doença, ligado ao desgaste dos neurônios motores que sobreviveram à infecção original.

Sintomas mais comuns
• Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas os mais frequentes incluem:
• Fraqueza muscular nova ou crescente
• Fadiga intensa e duradoura
• Dores musculares e articulares
• Atrofia (perda de massa muscular)
• Dificuldade para respirar, dormir ou engolir (em casos menos comuns)

Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da síndrome pós-pólio é clínico, ou seja, baseado na história do paciente, exames físicos e complementares. Segundo o Instituto Nacional de Doenças Neurológicas e Derrame (NINDS), dos Estados Unidos, os critérios para identificar a SPP incluem:
• Histórico confirmado de poliomielite paralítica anterior, com perda de neurônios motores verificada por exames como a eletromiografia (EMG).
• Período de melhora e estabilidade funcional, geralmente por 15 anos ou mais.
• Início gradual de nova fraqueza muscular ou fadiga, que pode surgir após cirurgias, traumas ou períodos de inatividade.
• Persistência dos sintomas por pelo menos um ano.
• Exclusão de outras doenças neuromusculares ou ortopédicas que possam causar sintomas semelhantes.

Existe tratamento?
Não há cura para a síndrome pós-pólio, mas o tratamento adequado pode ajudar muito a reduzir sintomas, melhorar a qualidade de vida e manter a funcionalidade do paciente.
O plano de tratamento deve ser individualizado, feito por profissionais especializados, como fisiatras, neurologistas, ortopedistas e equipes de reabilitação. O foco está em:
• Conservar energia e evitar o excesso de esforço físico
• Reforçar músculos não afetados
• Aliviar dores e melhorar a mobilidade
• Ajustar posturas e apoiar com órteses, bengalas ou cadeiras de rodas quando necessário
• Apoio psicológico e acompanhamento emocional

Se você ou alguém da sua família vive com as consequências da poliomielite, entre em contato com nossa equipe. O acolhimento e o cuidado certo fazem toda a diferença.